quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Barcelona – Benfica, 0-0: Despedida imprópria para cardíacos


O Benfica empatou esta quarta-feira a zero no recinto do Barcelona e não conseguiu, assim, o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Foi uma noite em que a bola teimou em não entrar, penalizando o bom futebol praticado em Camp Nou. Agora é olhar para a próxima etapa em termos europeus, ou seja, a Liga Europa.

Foi a depender de si próprio que o Benfica rumou a Barcelona para o jogo da 6.ª jornada do Grupo G da Liga dos Campeões. Com a deslocação a Camp Nou a não ser fácil por natureza, a situação complicou-se ao nível das opções, nomeadamente para o miolo de terreno, já que Carlos Martins, Enzo Perez e Pablo Aimar não viajaram devido a lesão. Eduardo Salvio juntou-se às ausências e foi mais uma baixa a ser colmatada por Jorge Jesus no lado direito do ataque. A escolha do treinador recaiu em André Gomes para o centro do meio-campo, enquanto Nolito, bem conhecedor da casa catalã, entrou para o lugar de Salvio.

A estratégia da equipa benfiquista foi bem clara desde o início, pressionar bem alto os jogadores do Barcelona, de forma a que estes não tivessem tempo para colocar em prática as ideias do treinador Tito Vilanova. Ao pressionar, o Benfica conseguiu ganhar muitas bolas a meio-campo, criando inúmeras oportunidades de golo junto das redes espanholas.

A primeira grande chance surgiu aos 11 minutos, altura em que Rodrigo escapou em direcção da baliza contrária, falhando apenas no capítulo do remate.

O caudal ofensivo continuou e, após um domínio extraordinário e respectivo passe por parte de Nolito, a bola foi desviada perigosamente, de cabeça, por Lima. Estavam decorridos 20 minutos. O brasileiro voltou a estar muito perto de facturar aos 32’, mas o remate foi defendido pelo guarda-redes Pinto para o poste da sua baliza.

A sorte estava do lado do conjunto da casa e a história repetiu-se pouco tempo depois, com o guardião a defender um remate de Ola John (34’).

O resultado era claramente injusto ao intervalo para o Benfica, tal foi o seu poderio ofensivo. 

O segundo tempo foi mais equilibrado, com a equipa da Luz a ter uma atenção mais redobrada em termos defensivos. Mas isso não significou uma menor produção por parte dos “encarnados”, com Nolito (46’) e Maxi Pereira (51’) a estarem perto da vantagem.

Final impróprio para cardíacos
O Barcelona teve de fazer entrar Messi para tentar desequilibrar a contenda a seu favor, mas a equipa soube dar uma resposta positiva. O jogador argentino saiu lesionado antes do tempo regulamentar por lesão e, como o Barcelona já tinha feito as três substituições, o Benfica jogou com mais uma unidade durante cerca de sete minutos.  

O Benfica intensificou a procura da baliza contrária e o final foi mesmo de impróprio para cardíacos, com Maxi Pereira a atirar por cima da barra no último lance do desafio.

Foi uma despedida de pé da equipa comandada por Jorge Jesus, mas uma despedida com um sabor amargo, não só pela produção da equipa no jogo com o Barcelona, mas também pelo que se passou na outra partida do grupo. É que o Celtic ganhou ao Spartak Moscovo com uma grande penalidade inexistente.

Mas o caminho em termos europeus do Benfica não fica por aqui, já que o terceiro lugar do Grupo G dá entrada na Liga Europa, competição onde o Benfica atingiu as meias-finais na edição 2010/11.

O Sport Lisboa e Benfica alinhou com a seguinte equipa: Artur Moraes; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Melgarejo; Matic, André Gomes, Nolito (Bruno César, 62’) e Ola John; Lima (Cardozo, 74’) e Rodrigo (André Almeida, 74’).

Fonte: Sport Lisboa e Benfica

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