domingo, 8 de abril de 2012

A história de Nolito

Hoje vou fazer um post sobre a infância de Nolito. A maioria das pessoas que seguem este jogador e/ou Benfica já deve conhecer a história, no entanto, se tu, que estás a ler, ainda não conheces, esta é uma boa altura para a ficares a conheceres. Vais ver que nem sempre foi um mar de rosas e que teve de batalhar muito. O vídeo está em Espanhol, mas penso que se percebe bem. 


O texto foi retirado do site: Mais Futebol

Nascido em Sanlúcar de Barrameda, Manuel Agudo Durán, vulgo Nolito, não foi criado pelos pais. Ninguém explica o que lhes aconteceu, mas os avós assumiram as despesas da educação modesta. Aos 13 anos, jogava futebol e passava as manhãs no talho de Pepe Sánchez. Ganhava 40 euros por semana a fazer almôndegas e hambúrgueres.

«Nolito sofreu muito»

O Maisfutebol partiu em busca de testemunhos. À enésima tentativa, atenderam um telefone em Sanlúcar, na Andalúzia. No Atlético Sanluqueño, um dos seus primeiros clubes: «É para falar de Nolito? Hombre, aqui toda a gente pode falar de Nolito, é o nosso orgulho. Posso ser mesmo eu, que sou o presidente do Atlético Sanluqueño e conheço o Nolito desde que era um miúdo. Manuel Fernández, muito prazer. »

Manuel Fernández só precisa de meia pergunta para puxar pela memória. Acompanha o reforço encarnado desde tenra idade. «Já vi as imagens na televisão espanhola do golo dele. Só posso dizer bem dele, até porque o Nolito é a mesma pessoa desde que saiu daqui», conta.

«É um rapaz que vem de uma família mesmo muito humilde, foi criado praticamente pelo seu avô, a quem chamava até de pai, e o avô acabou por falecer também. Sofreu muito, trabalhou duro e tem de facto um dom para o futebol», acrescenta o presidente do Atlético Sanluqueño, sem esclarecer o que aconteceu aos pais do jogador.

A equipa de reportagem do Punto Pelota, reputado programa espanhol, visitou a família de Nolito em Outubro de 2010. As imagens, como pode ver no final da peça, comprovam as dificuldades. A avó Dolores conta mesmo que pedia papas para o miúdo à Cáritas. 

(...)

«Nos infantis do At. Sanluqueño, jogava com Jurado, que está no Schalke04. Era uma equipa incrível, uma equipa que marcou cerca de 240 golos. Foi para o Valência mas o clube emprestou-nos de novo o Nolito por um ano. E assim, com 15 anos, estreou-se pela equipa principal, na III Divisão. Ver um miúdo de 15 anos entre os grandes, a encantar duas mil pessoas no estádio, convenceu-me que ele iria longe», fala, ainda e sempre, Manuel Fernández. 

Em 2006, Nolito deu o salto definitivo para a fama. Fez duas épocas no Écija Balompié, da zona de Sevilha, e marcou ao poderoso Real Madrid na Taça do Rei. A 25 de Novembro, os «merengues» saíram do Municipal de San Pablo com um modesto empate (1-1).

Cassano abriu a contagem a favor da equipa que apresentava Javi García a meio-campo. O médio do Benfica surgiu nas costas de Beckham, Cassano, Reyes e Ronaldo. Ao minuto 81, o tal momento de glória de Nolito. Igualdade para o Écija: «Eu estava no estádio e enchi-me de orgulho daquele rapaz. Dois anos mais tarde, chegou ao Barcelona.» O resto é do conhecimento público.

«O melhor do Nolito ainda está para chegar. Vai levantar o Estádio da Luz, tenho a certeza. É daqueles que dá gosto ver jogar. O dinheiro é importante e o contrato que o Benfica lhe ofereceu garante-lhe quase o resto da vida, mas saiu do Barça porque não é acomodado. Estava num dos maiores clubes, podia ter ficado, mas quis ser feliz no Benfica, outro grande da Europa», remata o presidente do Atlético Sanluqueño.


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